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Biografia Inventada
Não é simples ser mulher, muito menos ser artista in terra brasilis. Penso nas economistas ou cientistas políticas como devem padecer nesses tempos sombrios pós o golpe parlamentar de 2016. Imagino o que uma jurista com especialização em Direito Constitucional deve enfrentar de amargura vendo dia após dia direitos democráticos sucumbirem mais desastrosamente do que a barragem de Belo Monte poderia supor ao ser pactuada e erigida. Passo noites em claro divagando sobre o que uma demissexual cantora encara de frente nas ruas, becos, redes, palcos quando grita pelo meio ambiente, pela amazônia em pleno século XXI. O que deve ser saber-se latina, mas falante da língua portuguesa e não ter a quantidade suficiente de melanina ou o fenótipo pra pertencer a um grupo coeso de luta no coração da América do Sul?
Geminianas são tão mal afamadas..
Sou o que chamariam por bruxa em tempos remotos ou Aia em um futuro distópico.
Nascida no outono - vim pra encerramentos de ciclos, em definitivo.
Voluntariei-me e tenho meu poema galáctico pra me lembrar todos os dias de minha missão: RESISTIR - aposto como fui persuadida!
Contudo, só saberei quando a trama se encerrar e o véu do esquecimento ruir.
Talvez nos vejamos por lá...
enquanto isso, a arte que nos seja o ópio sagrado de todos os dias.
Sejam bem vindos!
Sou uma mulher artista latina. latina artista mulher. artista mulher latina...
Era tão mais simples quando me denominavam apenas por BRUXA.